EL SECTOR AGROALIMENTARIO EN LOS PROCESOS DE INTEGRACIÓN ECONÓMICA: UNA MIRADA A LA ASOCIACIÓN VENEZUELA-MERCOSUR
Resumen
A través de una investigación documental-descriptiva y cuantitativa-analítica, apoyada en el cálculo y
análisis de indicadores de posición y dinámica comercial, el artículo examina la relación existente entre
agricultura e integración económica como variables interdependientes que inciden sobre el logro de la
seguridad alimentaria –en general–, al tiempo que estudia el impacto sectorial de la integración de Venezuela
al MERCOSUR –en particular–. Para ello, analiza el papel de la variable agrícola dentro de los acuerdos de
integración, caracteriza los elementos que dan sensibilidad al sector agroalimentario y condicionan su
tratamiento especial en las experiencias de regionalismo. También evalúa el desempeño comercial
agroalimentario de la asociación Venezuela-MERCOSUR durante el lapso 2001-2017, cuando el país fue
suspendido del bloque en aplicación del Protocolo de Ushuaia, con apenas un lustro como Estado Parte.
Entre los principales hallazgos del trabajo destacan: i) la compatibilidad o complementariedad comercial
agroalimentaria existente entre Venezuela y el MERCOSUR produjo un intercambio de tipo interindustrial;
ii) el rol de Venezuela dentro del proceso de integración se limitó a servir como un mercado receptor de las
exportaciones del bloque, incrementando su dependencia de las importaciones agroalimentarias
mercosurianas en contradicción con el concepto de soberanía agroalimentaria; iii) el dinamismo del flujo
de importaciones procedentes del MERCOSUR dependió directamente del ingreso petrolero y se mantuvo
hasta que el rentismo permitió seguir pagando a sus socios; iv) en el sector agrícola la integración avanzó
solo a nivel comercial, creando comercio para abastecer el mercado venezolano, pero desaprovechó
oportunidades de cooperación e implementación de buenas prácticas agrícolas emanadas de la experiencia
de los socios –exportadores netos de bienes agrícolas–; y, v) el sector agroalimentario venezolano aún posee
ventajas frente al bloque en rubros como pescados y productos del mar, acuicultura, cacao y ron, entre
otros. Through a documentary-descriptive and quantitative-analytical research, supported by calculation and
analysis of position and commercial dynamics indicators, this article examines, in general, the relationship
between agriculture and economic integration as interdependent variables that affect the food security
performance, and studies the sectorial impact of Venezuela-MERCOSUR integration, in particular. To do
this, it analyzes the role of the agricultural variable within integration agreements, characterizes the elements
that give sensitivity to the agri-food sector and condition its special treatment in regionalism experiences,
and evaluates the agri-food trade performance of Venezuela-MERCOSUR association in a lapse from 2001
to 2017, when Venezuela was suspended from the block as a result of Ushuaia Protocol application with
just five years as a State Party. Among the main findings of this work the following stand out: 1) agri-food
trade compatibility or complementarity existing between Venezuela and MERCOSUR produced an interindustrial
exchange; 2) Venezuela’s role in the integration process was limited to serving as a recipient
market for the block’s exports, increasing its dependence on Mercosurian agri-food imports in contradiction
with the concept of agri-food sovereignty; 3) dynamism of imports flow from MERCOSUR directly depended
on oil income and was maintained until oil renting allowed it to continue paying its partners; 4) in the
agricultural sector, integration advanced only at the commercial level, creating trade to supply Venezuelan
market, and missed opportunities for cooperation and good agricultural practices implementation emanating
from the experience of partners (net exporters of agricultural goods); 5) Venezuelan agri-food sector still
has advantages over the block in items such as fish and sea products, aquiculture, cocoa, rum and others. À travers d'une recherche documentaire descriptive et quantitative-analytique, appuyée par le calcul et l'analyse
d'indicateurs de position et de dynamique commerciale, cet article examine, d'une manière générale, la relation
entre l'agriculture et l'intégration économique en tant que variables interdépendantes qui affectent la sécurité
alimentaire, et en même temps, il étudie particulièrement l'impact sectoriel de l'intégration Venezuela-
MERCOSUR. Pour ce faire, il analyse le rôle de la variable agricole dans les accords d'intégration, caractérise les
éléments spécifiques du secteur agroalimentaire qui conditionnent son traitement particulier dans les expériences
de régionalisme, et évalue la performance commerciale agroalimentaire de l'association Venezuela-MERCOSUR
dans la période 2001 - 2017. En 2017, le Venezuela a été suspendu du bloc à la suite de l'application du
Protocole d'Ushuaia avec seulement cinq ans de permanence en tant qu'État Partie. Parmi les principales
conclusions de ces travaux, l'on trouve que: i) la compatibilité ou la complémentarité du commerce agroalimentaire
existant entre le Venezuela et le MERCOSUR a produit un échange inter-industriel; ii) le rôle du Venezuela
dans le processus d'intégration se limitait à servir de marché destinataire pour les exportations du bloc, augmentant
sa dépendance à l'égard des importations agroalimentaires des pays membres en contradiction avec le concept
de souveraineté agroalimentaire; iii) le dynamisme des flux d'importations en provenance du MERCOSUR
dépendait directement des revenus pétroliers et s'est maintenu jusqu'à ce que ceux-ci lui permettaient de
continuer à payer ses partenaires; iv) dans le secteur agricole, l'intégration n'a progressé qu'au niveau commercial,
créant des échanges pour approvisionner le marché vénézuélien, et le pays a raté des opportunités de coopération
et de mise en oeuvre de bonnes pratiques agricoles émanant de l'expérience des partenaires (exportateurs nets de
produits agricoles); et, v) Le secteur agroalimentaire vénézuélien a encore des avantages sur le bloc dans des
produits tels que le poisson, le cacao ou le rhum, et autres. Por meio de pesquisa documental-descritiva e quantitativa-analítica, apoiada no cálculo e análise de indicadores
de posição e dinâmica comercial, o artigo examina a relação entre agricultura e integração econômica como
variáveis interdependentes que afetam a conquista da segurança alimentar, em geral, bem como estuda o impacto
setorial da integração da Venezuela no MERCOSUL, em particular. Para isso, analisa o papel da variável agrícola
nos acordos de integração, caracteriza os elementos que conferem sensibilidade ao setor agroalimentar e
condicionam seu tratamento especial às experiências do regionalismo. Além disso, avalia o desempenho do
comércio agroalimentar da associação Venezuela-MERCOSUL na região de 2001 a 2017, quando o país foi
suspenso do bloco em aplicação do Protocolo de Ushuaia, com apenas cinco anos como Estado Membro. Entre
as principais conclusões do trabalho, destacam-se o entendimento de que: 1) a compatibilidade ou o comércio
agroalimentar complementar existente entre a Venezuela e o MERCOSUL produziu um intercâmbio
interindustrial; 2) o papel da Venezuela no processo de integração limitou-se a servir como mercado destinatário
das exportações do bloco, aumentando sua dependência das importações de produtos agroalimentares do
MERCOSUL, em contradição com o conceito de soberania agroalimentar; 3) o dinamismo do fluxo de
importações do MERCOSUL dependia diretamente da renda do petróleo e era mantido enquanto houvesse
garantias ao capital financeiro; 4) no setor agrícola, a integração avançou apenas no nível comercial, criando
comércio para abastecer o mercado venezuelano, mas perdendo oportunidades de cooperação e implementação
de boas práticas agrícolas adotadas no âmbito dos países integrantes do Mercosul (exportadores líquidos de
produtos agrícolas); 5) O setor agroalimentar venezuelano ainda possui vantagens em relação ao bloco em itens
tais como peixe, cacau ou rum, entre outros.