Ollas comunes con perfiles en Facebook durante la crisis social generada por el COVID-19 en Chile
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Fecha
2024-10-25Autor
Garrido Cabezas, Norman
Martínez Pinto, Paulina
Villegas Robertson, José Miguel
Peña Sagua, Priscilla
Santos Quiñones, María José
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
La crisis provocada por el COVID-19 afectó a todos los aspectos de la vida cotidiana de las personas, siendo uno de los
más impactantes la inseguridad alimentaria que afectó a más
de 2 millones de habitantes. La pobreza monetaria y las medidas impuestas para hacer frente a la propagación de los contagios dificultaron el acceso a los recursos básicos de muchas
familias para alimentarse con regularidad. En este contexto
surgen organizaciones civiles espontáneas voluntarias como las
Ollas Comunes que se extendieron por todo el territorio nacional. Su objetivo fue ofrecer alimentación diaria y gratuita
a cualquier persona que lo requiriera. Sin financiamiento público ni privado, atendieron, en muchos casos, a más de 300
personas por día utilizando solo recursos obtenidos mediante
la recolección de donativos y trabajo voluntario. El presente
estudio se propuso conocer las experiencias de autogestión de las Ollas Comunes en Chile utilizando Facebook como una
plataforma de encuentro a través de Internet entre voluntarios,
donantes y beneficiarios de estas organizaciones. Se estudiaron 13 perfiles de acceso público de Ollas Comunes que funcionaron desde abril del 2020 hasta septiembre del 2021. Estas
se distribuían en diez regiones del país que en total congregaron 26.453 seguidores que generaron 11.724 publicaciones y
comentarios. Mediante un análisis cualitativo de contenido se
logró caracterizar y conocer las interacciones comunicativas
de los participantes. La investigación permitió valorar esta red
social a través de Internet como un medio comunicacional favorable para los actos ejecutivos de ofrecer alimentación diaria, lo cual es relevante para acercar recursos y permitir la
continuidad de la labor solidaria de estas organizaciones en
tiempos de crisis. The crisis caused by COVID-19 affected all aspects of people's daily lives, one of the most striking being the food insecurity that impacted more than 2 million inhabitants. Monetary poverty and the measures imposed to address the spread
of contagion made it difficult for many families to access basic
resources for regular nourishment. In this context, spontaneous
and voluntary civil organizations, such as Common Pots, arose
and spread throughout the country; their objective was to offer
free daily meals to anyone in need. Without public or private
funding, they served, in many cases, more than 300 people per
day, relying solely on resources obtained through the collection
of donations and volunteer work. This study aims to explore the
self-management experiences of the Common Pots in Chile, using Facebook as a platform for connecting volunteers, donors,
and beneficiaries of these organizations. Thirteen publicly accessible profiles of Common Pots operating from April 2020 to
September 2021 were analyzed. These profiles were distributed across ten regions of the country and collectively gathered
26,453 followers who generated 11,724 posts and comments.
Through qualitative content analysis, it was possible to characterize and understand the communicative interactions among
participants. The research highlights the value of this social
network as a favorable communication tool for the executive
actions of providing daily meals, which is relevant for bringing
resources closer and enabling the continuation of the solidarity
work of these organizations during times of crisis. A crise da COVID-19 afetou todos os aspectos da vida cotidiana das pessoas, sendo um dos mais marcantes a insegurança alimentar que afetou mais de 2 milhões de habitantes.
A pobreza monetária e as medidas impostas para lidar com a
propagação do contágio dificultaram o acesso de muitas famílias aos recursos básicos para se alimentarem regularmente.
Neste contexto, surgiram e se espalharam por todo o território
nacional organizações civis espontâneas e voluntárias, como as
Panelas Comunitárias, cujo objetivo era oferecer alimentação
diária e gratuita a quem precisasse. Sem financiamento público
ou privado, atendiam, em muitos casos, mais de 300 pessoas
por dia, utilizando apenas recursos obtidos por meio da coleta
de doações e trabalho voluntário. Este estudo teve como objetivo explorar as experiências de autogestão das Panelas Comunitárias no Chile, utilizando o Facebook como uma plataforma
de encontro entre voluntários, doadores e beneficiários dessas
organizações. Foram analisados treze perfis públicos de Panelas Comunitárias que funcionaram de abril de 2020 a setembro
de 2021. Essas estavam distribuídas em dez regiões do país e,
no total, congregaram 26.453 seguidores que geraram 11.724
publicações e comentários. Através de uma análise qualitativa
de conteúdo, foi possível caracterizar e compreender as interações comunicativas dos participantes. A pesquisa destacou a
importância dessa rede social pela Internet como um meio de
comunicação favorável para as ações executivas de oferta de
alimentos diários, o que é relevante para aproximar recursos e
permitir a continuidade do trabalho solidário dessas organizações em tempos de crise.