Brasil como epicentro da crise da Covid-19 na América Latina e as prováveis consequências em estratificações socioeconômicas mais vulneráveis: uma perspectiva de compreensão do papel do Estado e da social democracia centrada em John Maynard Keynes
Fecha
2020-09-13Autor
Cutrim Carvalho, André
Ferreira Carvalho, David
Silva dos Santos, Cleyson
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Em 2020,a estrutura do capitalismo e do liberalismo apregoada por vários países, entre eles o Brasil, foi duramente abalada por um agrave crise de saú-de-sanitária. O inimigo desta vez é invisível: a COVID-19, uma doença infecciosa causada pelo novo Coronavírus, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), tornou-se uma pandemia. No Brasil, o índice de mortalidade, por conta da COVID-19, colocou o país como o epicentro da crise na América Latina. A eco-nomia começa a emanar sinais típicos de uma recessão com projeções de queda do PIB de até 6,25%. Em termos de estratificação socioeconômica, apandemia tem acentuado a desigualdade social, revelando velhas anomalias em torno da má distribuição de renda, gerando maior aprofundamento da pobreza, aumento expressivo do desemprego e, principalmente, o agravamento da discriminação racial, cultural, etária, étnica e de gênero. Tendo esses prolegômenos na conta, pode-se adentrar no objetivo fundamental do artigo: compreender o papel do Estado e da social democracia–inspirada na teoria de John Maynard Keynes–em tempos de novo Coronavírus e da gestão liberal, autoritária e negacionsta do Presidente, Jair Messias Bolsonaro. Para alcançar esse objetivo, o artigo fará uso de metodologia de pesquisa do tipo exploratória e qualitativa. A principal conclusão é que o Brasil precisa resgatar urgentemente o Estado de bem-estar social–defendido por Keynes–no âmbito de uma social democracia, sob pena de adentrar em um estado de conflagração e vivenciar uma grande depressão econômica no pós-coronavírus com uma série de consequências negativas em estratificações socioeconômicas mais vulneráveis In 2020, the structure of capitalism and liberalism proclaimed by several countries, including Brazil, was badly shaken by a serious health crisis. The enemy this time is invisible: COVID-19, an infectious disease, caused by the new coronavirus, declared a pandemic by the World Health Organization (WHO). Because of theCOVID-19 mortality rate in Brazil, the country has be come the epicenter of the Latin America crisis. The economy has begun to emanate typical signs of a recession with projections of a decline in the GDP of up to 6.25%. In terms of socioeconomic stratification, the pandemic has accentuated social inequality, revealing old anomalies regarding the por distribution of in come, generating agreater deepening of poverty, a significant increase in unemployment and, principally, a worsening of racial, cultural, age, ethnic and gender discrimination. With this prolegomena in mind, it is posible to arriveat the fundamental objective of the article: to understand the role of the State and of social democracy-inspired by the theory of John Maynard Keynes–intimes of the novel coronavirus and of the liberalist, authoritarian, denialist manage–ment of the President, Jair Messias Bolsonaro. To achieve this objective, the article will make use of exploratory and qualitative research methodology. The main conclusión is that Brazil urgently needs to rescue the welfare state–defended by Keynes–with in the framework of social democracy, under threat of entering a state of conflagration and suffering a major post-coronavirus economic depression with negative consequences for more vulnerable socio-economic stratifications.
