LEMBRAR A ROÇA, SABER A CIDADE: TROCAS SIMBÓLICAS NOS QUINTAIS DE IBIRITÉ, MINAS GERAIS, BRASIL
Fecha
2018-06Autor
Leal da Silva, Yan Victor
Duarte Almada, Emmanuel
Romarco de Oliveira, Marcelo Lelles
Metadatos
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Este artigo busca demonstrar que a memória, os saberes e as práticas que as pessoas
possuem são conceitos chave para compreender a agrobiodiversidade em quintais
urbanos. Por meio da história oral temática e anotações cuidadosas em diários
de campo, entrevistamos 10 moradores de Ibirité, Região Metropolitana de Belo
Horizonte, Minas Gerais (MG), Brasil. Para além, dos processos ecossistêmicos
mantidos pelos quintais, o trabalho encontrou elementos materiais e simbólicos que
indicam que os afetos e crenças das pessoas são fundamentais para a configuração
dos quintais em áreas urbanas. A discussão aqui lançada, compreende as fronteiras
mais fluídas entre a roça e a cidade. As histórias orais contadas pelos entrevistados
revelaram saberes, sentimentos e práticas acionados em áreas urbanas, mas que são
oriundos de uma tradicionalidade rural. Outro fator pertinente registrado foi o papel
das trocas simbólicas na manutenção da agrobiodiversidade em quintais. This article aims to demonstrate that memory, knowledge and the practices that
people develop are key concepts to understand agrobiodiversity in urban gardens.
Through the thematic oral history and careful notes in field journals, 10 residents
in Ibirité, Metropolitan Region of Belo Horizonte –Minas Gerais (MG), Brazil– were
interviewed. In addition to the ecosystem services provided by urban gardens, the
research detected material and symbolic elements that indicate that people's feelings
and beliefs are fundamental to the configuration of gardens in urban areas. The
discussion started in this work, comprehends the borders between the countryside
and city more fluidly. The oral stories told by the interviewees revealed knowledge,
feelings and practices applied in urban areas but coming from a rural tradition. Another
pertinent factor recorded was the role of symbolic exchanges in the maintenance
of agrobiodiversity in urban gardens.