CALIDAD DE LA VEGETACIÓN COMO INDICADOR DE DESERTIFICACIÓN EN LA PENÍNSULA DE PARAGUANÁ, VENEZUELA.

Abstract

En el desarrollo del trabajo de investigación que se presenta en este artículo se determinó el índice de calidad de vegetación (ICV) como expresión del grado de vulnerabilidad a la desertificación en la Península de Paraguaná. El ICV se calculó con base a la integración de tres indicadores: resistencia de la vegetación a la sequía, protección de la vegetación contra procesos erosivos y cobertura vegetal, lo cual plantea una definición funcional de las diferentes comunidades vegetales identificadas en la Península de Paraguaná, con base a estos tres criterios que permiten determinar la calidad de la vegetación. Se realizó mediante una media geométrica, usando valores numéricos para calificar la calidad de los indicadores en relación a su capacidad de influir sobre la vulnerabilidad del territorio ante la desertificación. El procesamiento de la información se realizó mediante herramientas de análisis espacial con un sistema de información geográfica. Los resultados muestran que el 3% de la superficie presentó una baja calidad de la vegetación, lo cual estuvo fuertemente asociado a las comunidades de matorral y herbazal que resultan ser las más vulnerables a procesos de degradación. Un 11,4% del territorio está cubierto por comunidades que presentan una baja vulnerabilidad con respecto al riesgo de desertificación, representadas por arbustales donde las especies dominantes presentan mecanismos de adaptación a sequías prolongadas. El 85,6% restante de la península está cubierto por comunidades vegetales que ofrecen una moderada calidad del recurso vegetal, pero que resultan potencialmente vulnerables al proceso de desertificación producto del manejo que vienen recibiendo estas áreas en función de la ganadería caprina de manera extensiva y el cambio de uso de la tierra hacia sistemas hortícolas que propician procesos de salinización y erosión, y que a corto plazo generan la pérdida total de la cobertura vegetal del suelo.

Through the development of this work the index of vegetation quality index (IVQ) is determined as an expression of the degree of vulnerability to desertification in the Paraguana Peninsula. The calculation of IVQ was based on the integration of the following indicators: vegetation resistance to drought, vegetation protection against erosion and vegetation cover. This raises a functional definition of the different plant communities identified in the Paraguana Peninsula, based on these three criteria for determining the quality of vegetation. The integration is performed by calculating a geometric mean, using numerical values that rated the quality of the different indices in relation to their ability to influence the vulnerability of the territory to the desertification process. The process of information and representation of the results was performed using spatial analysis tools with GIS. Results show that about 3% of the area of the Peninsula had low quality of vegetation, which was strongly associated scrub communities which happen to be the most vulnerable to degradation processes. 11.4% of the territory is covered by plant communities that have high quality or low vulnerability to desertification risk, represented by the community of shrubland, where the dominant species that make up present mechanisms of adaptation to prolonged drought. The remaining 85.6% of the peninsula is covered by both scrub and shrub plant communities, providing moderate quality plant resources but are potentially vulnerable to desertification process, product of management that are receiving these areas depending on the goat farming extensively and changing land use to intensive horticultural systems that promote processes of salinization and erosion, which generate short-term total loss of vegetation cover.

No desenvolvimento do trabalho de investigação que se apresenta neste artigo se determinou o índice de qualidade da vegetação (IQV) que é determinado como uma expressão do grau de vulnerabilidade à desertificação na Península de Paraguaná. O IQV calculou-se com base à integração de três indicadores: resistência da vegetação à seca, protecção da vegetação contra processos erosivos e cobertura vegetal, o qual propõe uma definição funcional das diferentes comunidades vegetais identificadas na Península de Paraguaná, com base estes três critérios que permitem determinar a qualidade da vegetação. Realizou-se mediante uma média geométrica, usando valores numéricos para qualificar a qualidade dos indicadores em relação a sua capacidade de influir sobre a vulnerabilidade do território ante a desertificação. O processamento da informação realizou-se mediante ferramentas de análise espacial com o sistema de informação geográfica. Os resultados mostram que o 3% da superfície apresentou uma baixa qualidade da vegetação, o qual esteve fortemente associado as comunidades de matorral e herbazal que resultam ser as mais vulneráveis a processos de degradação. Um 11,4% do território está coberto por comunidades que apresentam uma baixa vulnerabilidade com respeito ao risco de desertificação, representadas por arbustales, onde as espécies dominantes apresentam mecanismos de adaptação a secas prolongadas. O 85,6% restantes da península está coberto por comunidades vegetais que oferecem uma moderada qualidade do recurso vegetal, mas que resultam potencialmente vulneráveis ao processo de desertificação produto do manejo que vêm recebendo estas áreas, em função da ganadería caprina de maneira extensiva e a mudança de uso da terra para sistemas hortícolas que propiciam processos de salinização e erosão, e que em curto prazo geram a perda total da cobertura vegetal do solo