COOPERATIVISMO, PARTICIPACIÓN Y CADENAS AGROPRODUCTIVAS. LAS FERIAS DE CONSUMO DE LARA, VENEZUELA
Resumen
Desde 1983, bajo el lema «Construyendo aquí y ahora el mundo que queremos», las ferias de consumo familiar constituyen
una de las instancias de funcionamiento del Organismo de Integración Cooperativa Cecosesola, Central Cooperativa
Regional (CCR), asociada a la Central Cooperativa Nacional de Venezuela (Ceconave).Sus 550 trabajadores–asociados–
son el centro operativo de una cadena agroalimentaria, conformada en red que integra aguas arriba unos 600 proveedores
de hortalizas frescas y víveres de varios estados del país que, abastecen el 40% de la población de Barquisimeto, unas
100.000familias beneficiarias. Sus precios son menores en un 50% en promedio al de los supermercados privados,
gracias a una institucionalidad tejida desde lo cotidiano sobre criterios de confianza en y entre sus proveedores y los
trabajadores-asociados. Como activista del cooperativismo impulsado por Ceconave y como académico, el autor
conoce las Ferias desde antes de su puesta en marcha. Este artículo constituye una visión holística de Cecosesola y de
sus Ferias, con forma de monografía descriptiva y analítica construida sobre visitas periódicas y entrevistas a los
actores como fuentes primarias, y observaciones participantes fortalecidas con análisis de escritos de los propios
actores, así como de consultores y otros investigadores interesados en esta experiencia.El documento se teje a partir
de precisiones teóricas sobre el cooperativismo, el estado Lara como territorio base de las ferias y el surgimiento de
una cultura participativa como eje transversal de Cecosesola y de las Ferias. En él se analiza la organización y
funcionamiento autogestionario de estas últimas, su cadena de valor y el papel de sus actores, con énfasis en los
criterios de comercio justo, las reuniones y decisiones consensuadas, los fondos como mecanismos de solidaridad y
las ferias como mercado seguro para los productores. Finalmente reflexiona sobre la transformación cultural e
institucional lograda y presenta un resumen de los impactos de las ferias a manera de balance social. Since 1983 and with the slogan «Building here and now the world we want», the family consumption fairs is one of
the operating instances of the Organismo de Integración Cooperativa Cecosesola, a Regional Cooperative Center (CCR)
associated with the Central Cooperativa Nacional de Venezuela (Central Cooperativa Nacional de Venezuela-Ceconave).
Integrated by 550 workers-associates, they are the operational center of an agri-food chain that united in a network
that integrates about 600 suppliers of fresh vegetables and food from several states of the country supplying 40% of
the population of Barquisimeto, some 100,000 beneficiary families. Their prices are lower by 50% on average than
private supermarkets, thanks to an institutional framework established on criteria of trust and other factors in and
between its suppliers and its workers/associates. As an activist of the cooperativism promoted by Ceconave and as an
academic, the author has known the Fairs before their constitution. This article in itself is based on a holistic vision of
Cecosesola and its fairs. It is a descriptive and analytical monograph built on periodic visits and interviews with the
actors as primary sources and participant observations strengthened with the analysis of the writings of the actors
themselves, consultants, and other researchers interested in this experience. The document is grounded on theoretical
considerations about cooperativism and the Lara State as the base territory of the fairs, and the emergence of
participatory culture as a transversal axis of Cecosesola and the fairs. It analyzes the organization and their selfmanagement,
their food value chains, as well the role of their actors, with emphasis on fair trade criteria, meetings and
consensus decisions, funds as solidarity mechanisms, and fairs as a safe market for producers. Finally, a reflection on
the cultural and institutional transformation achieved was carried out, and a summary of the impacts of the fairs as
a social balance was presented. Depuis 1983, sous le slogan «Construire le monde que nous voulons ici et maintenant», les salons de la consommation
familiale constituent l’une des instances opérationnelles de l’Organismo de IntegraciónCooperativa CECOSESOLA
(anciennement Central Cooperativa de Servicios de Lara-Cecosesola, un centre coopératif régional - CCR), associé à
la Central CooperativaNacional de Venezuela (CECONAVE). Ses 550 travailleurs –associés– constituent le centre
opérationnel d’une chaîne agroalimentaire constituée d’un réseau, qui intègre en amont quelque 600 fournisseurs de
légumes frais et d’aliments de divers États vénézuéliens qui approvisionnent environ 40 % de la population de
Barquisimeto (capitale de Lara), avec quelque 100.000 familles bénéficiaires. Leurs prix sont inférieurs de 50 % en
moyenne à ceux des supermarchés privés, grâce à un cadre institutionnel construit au quotidien, sur des critères de
confiance dans et entre leurs fournisseurs et les salariés-associés. Militante du coopérativisme promu par la Ceconave
et universitaire, l’auteur connaît les Foires bien avant leur lancement. Cet article est une vision holistique de
CECOSESOLA et de ses Foires, de type descriptif et analytique, construite à partir de visites périodiques et d’entretiens
avec les acteurs comme sources primaires, ainsi que d’observations participantes renforcées par l’analyse des écrits des
acteurs eux-mêmes, ainsi que des consultants et autres chercheurs intéressés par une telle expérience. Le document est
enrichi avec de détails théoriques sur le coopérativisme, l’État de Lara comme territoire de base des Foires et l’émergence
d’une culture participative comme axe transversal de CECOSESOLA et de ses Foires. De même, il analyse l’organisation
et l’autogestion de ceux-ci, leur chaîne de valeur et le rôle de leurs acteurs, en mettant l’accent sur les critères du
commerce équitable, les rencontres et décisions consensuelles, les fonds comme mécanismes de solidarité, et les foires
comme marché sûr pour les producteurs. Enfin, il présente uneréflexion sur la transformation culturelle et institutionnelle
réalisée ainsi qu’une synthèse des principaux impacts des foires en tant qu’équilibre social. Desde 1983, sob o lema «Construindo aqui e agora o mundo que queremos», as feiras de consumo familiar constituem
uma das instâncias de funcionamento do Organismo de Integração Cooperativa CECOSESOLA (anteriormente
denominada Central Cooperativa de Serviços de Lara-Cecosesola, uma central cooperativa regional-CCR), associada
à Central Cooperativa Nacional de Venezuela (CECONAVE). Seus 550 trabalhadores-associados constituem o centro
operacional de uma cadeia agroalimentar conformada em rede, que integra águas acima, uns 600 fornecedores de hortaliças frescas e víveres de diferentes estados venezuelanos, os quais abastecem aproximadamente 40% da população
de Barquisimeto (capital do estado Lara), com umas 100.000 famílias beneficiárias. Os preços praticados são 50%
inferiores aos dos supermercados privados, graças a uma institucionalidade construída a partir do cotidiano e de
critérios de confiança estabelecidos entre os fornecedores e os trabalhadores associados. Como ativista do cooperativismo
impulsionado por Ceconave e como acadêmico, o autor conhece as Feiras desde antes de sua posta em marcha. Este
artigo adota uma visão holística e de tipo descritivo e analítico de Cecosesola e de suas feiras, a qual é construída,
enquanto fonte primária de informação, a partir de visitas periódicas e entrevistas junto a atores, ademais de observação
participante acrescidas de análises escritas elaboradas pelos próprios atores, bem como de consultores e outros
pesquisadores interessados nesta experiência. O documento é tecido a partir de aprofundamento sobre a questão do
cooperativismo, do estado de Lara enquanto território base das Feiras e do surgimento de uma cultura participativa
como eixo transversal de Cecosesola e de suas Feiras. Além disso, analisa a organização e seu funcionamento
autogestionado, incluindo as particularidades desta cadeia de valor, o papel de seus atores, com ênfase nos critérios de
comércio justo, as reuniões e decisões e seus consensos, os fundos como mecanismos de solidariedade, bem como o
papel das feiras como mercado seguro para os produtores. Por fim, propõe uma reflexão sobre a transformação
cultural e institucional lograda, bem como um resumo dos principais impactos das feiras à guisa de oferecer um
balanço social.